segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre meninos e lobos.

Em que ponto das nossas existências ocorrem os fatos que representam encruzilhadas nas nossas vidas? Não me refiro apenas à tomada de decisões que importem em mudança de rumos, mas também a fatos dos quais não temos controle que insurgem como fatores determinantes nas nossas biografias.

É possível lembrar-se da encruzilhada, e ao mesmo tempo rememorar a imagem que projetávamos do futuro naquele ponto, antes de seguir adiante. Os eventos por vezes pareciam tão certos, tão nítidos. As coisas ficaram melhores ou piores?

Mas o que mudou as coisas? Em que momento o lobo abocanhou o menino?

Claro que somos responsáveis por nossos atos, mas o que há por trás deles? O que nos motiva? Que interpretação histórica há neles? Que influência nossos amigos tem nas nossas decisões e de que forma reagimos às ações deles nas nossas vidas? Até que ponto o meio realmente forma nossa personalidade?

Homo homini lupus.

Quando se coloca um sapo em água fervendo ele automaticamente pula fora, mas se for colocado e aos poucos se esquenta a água ele morre cozido.

Bilu me disse que por vezes convivemos tanto com alguém, sabemos tantas coisas sobre essa pessoa, que somos incapazes de perceber coisas óbvias sobre elas, características marcantes, em suma ver o óbvio. Será que é isso mesmo?

E de repente o que parecia lógico vira uma imensa incerteza. E como agir a partir daí?

Ainda sou muito novo pra olhar para trás e me sentir arrependido pelas coisas que fiz, claro que muitas eu não repetiria e muito do que aconteceu não foi culpa exclusiva minha, mas só quem erra inova.

Quem não dá chance ao azar, também não dá para a sorte.

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