quinta-feira, 29 de julho de 2010

Olha lá...

Acho que dei uma topada essa semana...

Passado o mau-humor, resta claro que a culpa é só minha mesmo.

É sempre mais fácil culpar a conjuntura do que a mim mesmo, mas me lembro sempre de uma frase dita pelo personagem de Jack Nicholson em “Os infiltrados”, algo do tipo “Não quero ser um produto do meu ambiente, quero que o meu ambiente seja um produto do que eu sou”.

Sou eu que tenho que fazer minha própria conjuntura.

O difícil é ter que fazer alguma coisa...

São meus atos que determinam o que eu sou e o que vou conseguir, e não os terceiros e circunstancias ao meu redor.

Não me falta vontade, minha carência é de ação.

Acho que estou precisando confiar mais nas coisas em que acredito, mas me parece também que acredito em muita coisa que não vale mais nada.

Com o passar dos tempos alguns conceitos perderam os seus valores, devo ter alma de velho mesmo.

sábado, 24 de julho de 2010

Think different!!!!

Decididamente estou doente, segundo post do dia...

Comprei duas garrafas de Carmenere Reserva, pensei em comprar o Casillero del Diablo já que prefiro o Cabernet Sauvignon (embora uma amiga me tenha feito o desprazer de associar o gosto dele ao de pimentão), mas achei um desperdício tomar ele sozinho, alguns prazeres devem ser compartilhados.

Comprei torradas e alguns frios também, tudo passa tão rápido nessas frias noites cariocas, pensei em me distrair bebendo e lendo alguma coisa.

Pena somente agora a noite ter me dado conta que não tenho um saca-rolha, vai ficar pra próxima...

Melhor assim, estou meio grogue hoje.

Não sei por que ultimamente tem me dado vontade de ir a um sarau, nunca fui, mas deve ter gente interessante lá.

Saraus sempre me passaram a idéia de serem freqüentados por pessoas mais velhas, professores universitários aposentados, casais de pseudo-intelectuais ou simplesmente por gente chata.

Casais e pessoas mais velhos normalmente curtem a minha presença, possivelmente porque sou um pseudo-intelectual chato, então não deve ser problema pra ninguém.

Talvez eu conheça alguém pra jogar xadrez.

Gosto de conversar com gente mais velha, de levantar tolas questões filosóficas, pra ouvir as mais variadas respostas, eu me divirto com a variedade de respostas e suas divergências entre si.

Principalmente se eles tiverem bebido.

Se eles não conseguiram resolver seus próprios anseios existenciais que se dirá acerca dos meus? Os conflitos dos outros sempre soam mais simples aos nossos ouvidos.

Como faço pra abrir um viés diferente na mente de outra pessoa?

Maybe

Em casa, com gastrite, doente (alergia ou resfriado, ainda não identifiquei) e apesar dos Kg´s extras ganhos durante as férias estou deglutindo um delicioso bolo de chocolate com coco!!!

Minha vida recomeça pra valer segunda, espero que minha saúde e o tempo colaborem para que eu possa aproveitar esse sábado numa boa...

Acho que estou de volta à vala comum, mas tudo bem, talvez eu apenas não queira saber, nesse momento isso me seria absolutamente indiferente mesmo.

Ou como diz Poste: “Eu nem queria”.

Talvez eu esteja com vontade de me expandir um pouco, ando meio inquieto, impaciente e indeciso.

Pelo menos meu sono melhorou, ou talvez tenham sido as moléstias e seus respectivos medicamentos.

Ando com uma memória péssima pra nomes, Tiago me disse que eu deveria criar um papagaio e ensinar a ele algumas palavras, talvez assim minha memória não me deixasse tanto na mão.

Talvez seja apenas uma fase mesmo, talvez passe logo, enquanto isso apenas aguardo.

Em tempo, Daniel me passou a discografia completa do Oasis, eu nem me lembrava que gostava.

"Maybe I don't really wanna know
How your garden grows
Cos I just want to fly
Lately, did you ever feel the pain
In the morning rain
As it soaks you to the bone

Maybe I just want to fly
I want to live I don't want to die
Maybe I just want to breath
Maybe I just don't believe
Maybe you're the same as me
We see things they'll never see..."

terça-feira, 20 de julho de 2010

Todo dia a insônia me convence que o céu faz tudo ficar infinito...

Cazuza, sem dúvida não era um exemplo de conduta, mas nos brindou com pérolas como essa frase, ouvi a música um dia desses na casa de um primo e fiquei rindo de mim mesmo por nunca ter me dado conta de como me identifico com essa frase.

Pro bem ou pro mal, a insônia teve participação primordial na minha vida, quantas coisas já passaram pela minha cabeça nessas madrugadas em claro...

Já de volta ao RJ, estava com saudades.

Já vi que vai ser osso me readaptar a rotina depois de três semanas fora, me parece ainda que estou no meu quarto em Aju.

Preciso pegar logo o ritmo das aulas, estudos, leituras e principalmente voltar rapidamente pra academia, trouxe 5 Kg de brinde das férias.

Embora um pouco desacorçoado por um lado, ando um pouco esperançoso com outro, isso foge ao meu padrão normal.

Queria mesmo que os olhos fossem realmente os espelhos da alma, facilitaria muito as coisas, que passagem uma mensagem em Arial com fonte 16 bem fácil de entender.

Ficar em dúvida é uma merda, espero resolver isso antes que o mundo acabe.

Aliás, vendo o jornal, vazamento nos EUA e na China, eu to quase comprando uma lata de óleo e indo jogar no mar para não me sentir excluído desse processo de degradação global.

Se bem que aqui em Copacabana uma lata de óleo não fará diferença nenhuma...

Por outro lado, amanhã torno a supervisionar meus contatos para meus projetos futuros, estou quase confiante que dessa vez os acontecimentos irão marchar positivamente, mas mantenho, como sempre, um pé atrás, meu escudo para um eventual imprevisto, então a principio mantenho o curso atual como meta.

E nesse dia dos amigos solitário, sinto falta das minhas malas.


O pintor Waldeny Elias atende à campainha de seu ateliê na Rua General Vitorino e lá está Mario Quintana.

Viera agradecer pelo presente, uma “pintura de bolso” de 6 cm x 4 cm.

Levava-a, contou com um sorriso português, “na algibeira do fato domingueiro”.

Retribuiu presenteando o velho amigo com o recém-lançado livro Do Caderno H.

Na dedicatória, justificou porque não havia aceito um quadro grande que o pintor lhe oferecera.

- Elias, me desculpe e acredite. Eu não tenho paredes, só tenho horizontes...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Rosa dos ventos

De volta de outra incursão pela madrugada, sem dúvida uma vantagem de estar em Aju.

Entreguei ao acaso meu retorno ao RJ (leia-se acaso pedi pra meu pai comprar minha passagem).

Interessante como algumas pessoas surpreendem a gente, tive uma mudança brusca de opinião recentemente, de forma negativa, diga-se de passagem, engraçado como pode existir uma diferença abrupta entre a aparência e a convivência.

Mas já estou conformado com minha dificuldade crônica em entender as pessoas, principalmente as que me cercam. Acho que meu problema é que procuro enxergar nos atos alheios as motivações que eu teria para agir daquele modo.

Como se eu me projetasse nos outros, como forma de entender o que eles fazem, mas como é de conhecimento universal somos todos diferentes uns dos outros e eu não sou exatamente alguém que se poderia encaixar em um senso de pessoa comum.

Mais complexo do que eu é difícil de encontrar, acho que é um problema de família, Poste diz que somos exóticos.

Morar só parece que anda turvando ainda mais minhas análises antropológicas, a impressão que eu tenho é que ando errando em quase tudo.

Já tinha esse desvio quando ainda morava aqui, tantas vezes fiz afirmações carregadas de convicção para em seguida sob o olhar atento de algum amigo ouvir: “Diogo, você esta querendo enganar a quem?”

Obvio que só poderia ser a mim mesmo, devem ser os pequenos surtos de otimismo que eventualmente eu tenho ou então minha velha e boa ansiedade que às vezes volta a bater na minha porta.

A ansiedade é uma conhecida antiga, duramente combatida e embora apaziguada, de tempos em tempos aparece para que eu me lembre que ela estará para sempre ali e que pelo resto da minha vida devo ser cuidadoso com ela.

Mas como interpretar pequenas atitudes de outrem? Pelo que eu gostaria que elas significassem? Talvez não seja o mais indicado, mas às vezes é um alento.

Depois do incidente em Antares eu me tornei cético com o comportamento humano, o problema é que é difícil domar nossos anseios, mas já vai muito longe o tempo em que eu era um sonhador.

O mal de morar em uma cidade com poucos amigos, me falta quem me embase nas minhas opiniões, ou discorde mesmo, só queria uma opinião isenta, sinto falta da minha tropa de choque, seja pra me incentivar ou cortar meu barato

Acabo de me descobrir um inábil em relacionamentos sociais, mas claro que isso só deve ser novidade pra mim, detesto ficar criando conjecturas.

Na verdade eu queria uma luz.

Um pouco desnorteado no momento.

Continuo sem criar perspectivas, acho mais saudável e seguro assim.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Home sweet home.

Engraçado como passar as “férias” em Aracaju conferem um certo ar nostálgico a tudo que faço.

As estórias antigas estão mais engraçadas do que nunca, aquele amigo se formou e eu nem sabia, o outro que está aborrecido e por conta disso afastado por um tempo, outro finalmente resolveu sair da casa dos pais e morar só, a filha um grande e antigo amigo está enorme, tinha nascido um pouco antes de eu ir morar no Rio, só a havia visto na maternidade.

Mas nada tão bom como sentir que se é prestigiado, saber que sentem sua falta.

Receber ligações pra fazer qualquer coisa, saber noticias sobre o dia-a-dia do pessoal, sair pra comer... Programas provincianos, bom demais...

Não me preocupo se estou com dinheiro, se estou sem carro, se está chovendo, etc...

E esta dúvida que paira sobre minha cabeça sobre antecipar o meu regresso, essas incertezas é que me matam.

Mas hoje foi um dia promissor, acho que plantei uma semente pro meu retorno em definitivo no futuro para Sergipe, porém, ainda é muito prematuro para se concluir algo.

De qualquer forma é bom saber que tenho meu espaço.

There´s no place like home.

domingo, 4 de julho de 2010

These streets will make you feel brand new, the lights will inspire you.

De férias em Aracaju.

Não devo ficar aqui até o final, estou um pouco ocioso esses dias, no RJ pelo menos eu retomo minha rotina. Engraçado que estou sentindo saudades de lá.

E realmente me parece que nada torna mais presente o que está ausente do que sentir saudade, mas não acho um sentimento saudável, na verdade sentir saudades é uma merda.

Claro que há quem ache o contrário, o mundo está cheio de teóricos...

Conversando com um grande amigo, relembrando grandes bobagens que fizemos juntos e perguntei se ele se arrependia no que ele me respondeu: “Diogo, ou eu faria igual ou faria muito pior”.

De fato, não me arrependo de nada, óbvio que tem coisas que eu não repetiria jamais, nem tenho mais saúde pra muitas coisas, mas cada bobagem teve sua respectiva conjuntura, os erros que cometi ficaram como lição, as bordoadas que tomei me deixaram mais forte, as punhaladas que sofri me deixaram mais esperto.

Mas tudo tem sua serventia.

Acho que o mais importante é que não carrego nada de ruim comigo, toda a raiva, frustração, mágoa, inveja e qualquer outro sentimento desta seara ficaram para trás.

Não sou Gandhi, impossível ao longo da vida em determinados momentos não sentir algo do tipo, o importante é não cultivar.

O que me faz mal eu elimino da minha rotina, e isso vale pra tudo, vivo em paz comigo mesmo, me preocupo nas minhas relações em deixar transparecer exatamente aquilo que eu realmente sou, não quero que eventualmente me digam que meu comportamento surpreendeu alguém, não construo uma imagem que quero que os outros tenham de mim, estaria mentindo pra mim mesmo.

Je ne regrette rien