domingo, 17 de outubro de 2010

Os ventos do norte não movem moinhos.

Interessante observar os parâmetros que cada indivíduo elege como fundamentais na formação do grupo social que integra.

Me pego olhando para minha própria mão e tento enxergar através dela, numa espécie de visão apreciativa que transpassasse a pele e a carne e me permitisse constatar se realmente o essencial é invisível aos olhos.

Impossível de se responder com certeza, prefiro acreditar que sim, mas vivemos em uma realidade onde é a casca que importa.

Não quero afirmar que os meus valores devam servir de paradigma para os demais, não acredito em julgamentos perfeitos, cada cabeça é um mundo, mas esse excessivo culto a forma em determinadas situações me parece completamente irracional, possivelmente porque utilizo de princípios avaliativos completamente díspares dos que hoje são mais comuns.

Quando porventura faço uma autocrítica e avalio o que foi feito de errado para que como em um exercício evolutivo, reconhecendo os meus próprios erros eu possa ascender como ser humano, eis que muitas vezes me apercebo em uma espécie de circulo vicioso e volto a cometer os mesmos deslizes de antes, ainda que sob outra aparência.

Afinal o que realmente importa? Nessas horas me bate aquela sensação de estar tecendo a teia de Penélope.

Nessas horas, tendo como combustível a insônia, a única vontade que tenho é a de pegar meu travesseiro e ir deitar na areia da praia apenas para olhar o mar e ficar entorpecido com o vento frio que sopra neste momento.

"Somente o silêncio é grande, o resto é fraqueza" - Alfred de Vigny.

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