sábado, 25 de setembro de 2010

Choque de realidade.

Clima agradável no rio de Janeiro, nem o frio que estimula a inércia, nem o calor que torna qualquer desagradável qualquer atividade.

As eleições tornam qualquer cidade menos vistosa, a poluição visual (normalmente de extremo mau gosto, o que me faz teorizar que a grande maioria dos candidatos tem sua “equipe” de marketing comandada pelos seus respectivos cônjuges), a falta de bom senso de seus cabos eleitorais no que concerne a assepsia pública e ao incômodo que causam aos pobres eleitores e, claro, não poderíamos nos esquecer da cara-de-pau que é tão peculiar aos nossos políticos.

Vou tomar por exemplo um candidato que tem realizado uma campanha farta na região onde moro, sua campanha é composta por um vasto arsenal de peças publicitárias, santinhos, cavaletes, fotos em tamanho natural, um exército de “militantes” segurando bandeiras e faixas, bem como um dos comitês esta instalado na frente de um dos shoppings mais conhecidos da cidade, em um bairro da zona sul, um espaço amplo, extremamente bem localizado e obviamente muito caro também.

O nome deste cidadão é Rodrigo Bethlem, confesso que nunca tinha ouvido falar nele até então.

Bethlem começou a carreira no PFL, em 2000, quando foi eleito vereador. Mais tarde, ao opor-se a Cesar Maia, filiou-se ao PMDB, legenda sob a qual terminou seu mandato. Em 2001, foi para o PV. Retornou ao PMDB em 2003. Aos 38 anos é filho da atriz Maria Zilda (fonte Google).

Antes de ser vereador foi subprefeito na gestão de Cesar Maria em algumas regiões do Rio, foi secretario adjunto de governo de Sergio Cabral e por um ano e três meses foi secretário da ordem pública do município.

Tem como mote principal ter implantado o choque de ordem no RJ.

Cito isso tudo apenas para tecer duas considerações:

1 – O choque de ordem me parece estar sendo um benefício para a cidade, em um lugar onde as instituições teimam em não funcionar, a iniciativa de tentar por ordem na casa é salutar, coibindo a propaganda irregular bem como prezando pela vigilância sanitária nos estabelecimentos que vendem alimentos, ainda que os principais atingidos sejam os ambulantes, ver uma senhora idosa chorando porque tomaram seu isopor com bebidas não é das cenas mais agradáveis de se ver, bem como eles são adeptos de ações pirotécnicas sempre agem com muito estardalhaço;

2 – O choque de ordem está temporariamente suspenso durante as eleições, está todo mundo fazendo o que bem entende.

Em tempo, meus conhecimentos sobre a política carioca são muito incipientes, não tenho nada contra este cidadão, não faço a menor idéia se ele foi um bom gestor, ou de onde são provenientes os recursos de sua campanha.

Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos.” Stanislaw Ponte Preta.

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