sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A dúvida

Outro dia enquanto conversava com Aroldo sobre a dificuldade que estava tendo em lidar com determinada situação dada minha impossibilidade em interpretar o comportamento dos envolvidos.

Tracei todos os fins possíveis para a situação, alguns bons e outros ruins. Foi quando pedi a opinião dele, que instantaneamente me disse: “Não sei, mas pior do que a certeza absoluta de um resultado ruim é a dúvida”.

À noite em casa fiquei refletindo sobre aquilo, indubitavelmente ele estava correto, já bem dizia Shakespeare “Nossas dúvidas são traiçoeiras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.”

A dúvida nos faz perder o sono e a concentração, saímos rapidamente da euforia para a melancolia em virtude da espera de um evento futuro.

As vezes estamos tão pessimistas que quando o caso se resolve favoravelmente ficamos mais surpresos do que felizes e acabamos castrados de gozar plenamente da vitória. Por outras vezes ficamos tão entusiasmados que um resultado negativo nos deixa irremediavelmente melancólicos.

Mas nada se compara a dúvida, ela é matadora, a pior delas é a que não tem data para ser dirimida, esta arruína com a vida do homem, lhe tira a paz de espírito, faz os seus dias se arrastarem e o coloca em um estado de ansiedade constante que trazem a tona os questionamentos mais profundos e incoerentes possíveis.

Na vida temos que ser mais objetivos, a imaginação muitas vezes é perigosa e nos afasta da vida prática.

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