quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A impaciência tem os seus direitos

Afinal onde tudo isso vai parar? (é uma retórica, não me refiro a nada em especial no momento).

Acho que a resposta ideal é outra pergunta: O que você está procurando?

Já é um grande passo se souber ao menos o que se está se procurando, pessoas altamente preparadas se perdem durante muito tempo por falta de um norte (em sentido geral, não me refiro a qualificações profissionais e sim a qualquer coisa que seja prejudicada por falta de objetivo).

Mas quando é que esse norte será alcançado? Eis a questão.

Estamos trilhando o caminho correto? Se não estamos porque ir em frente? E porque ele não chega logo? É o que realmente queremos ou apenas uma conveniência? Estamos sendo levados por uma maré?

E se estamos procurando algo que sabidamente não iremos gostar? Qual a surpresa? Apenas matar uma curiosidade mórbida? Se é que é possível chamar de curiosidade algo que já sabemos qual será o resultado? Fica sem sentido esbravejar depois.

Seguimos uma lógica que a própria razão desconhece. Acho que o que mais incomoda é a estagnação, melhor andar sem rumo do que passar a impressão de que estamos desorientados. Muito pior é aquele que mente para si mesmo tentando em vão passar a impressão de que sabe o que faz, mas não engana a ninguém, depois de um tempo a situação fica patente.

O título dessa postagem é uma referência ao filme “Lavoura Arcaica”, é uma obra peculiar porque suas cenas deixam em aberto de forma que cada espectador a interprete segundo sua lógica, ou seja, dificilmente pessoas que assistiram a esse filme têm as mesmas impressões dele. Por conta disso ficaria sem sentido a descrição da cena.

Transcrevo apenas a minha impressão: A frase foi dita em um contexto de indignação do personagem que manifestou indignação com o ambiente estático em que vivia, onde o conformismo e a calma com a vida eram incentivados. Ela foi a uma resposta a outra assertiva feita no filme: “A paciência é a mãe das virtudes”. (em tempo, Lavoura Arcaica é um dos filmes mais densos que já assisti, poucos que conheci gostaram do filme, tem uma atmosfera muito carregada).

Falta honestidade com nós mesmos, deveríamos ser mais resilientes.

Gostaria de ter sempre a sinceridade de quem sente fome.” - Carpinejar.

Na sexta parto para Manaus para fazer uma prova, não conheci uma única pessoa que não tenha me dito que a cidade tem um clima insuportável e que eu não aguentaria viver lá (caso aprovado, lógico). Bom... isso é o que veremos, ás vezes as melhores coisas vêm de onde menos se espera.

Abraços.

2 comentários:

  1. duas consideracoes devem ser feitas:

    1) a sinceridade de quem sente fome é seu maior defeito e , paradoxalmente, sua maior qualidade;

    2) de 0 a 10, a possibilidade de Manaus tornar-se uma feliz surpresa é 0,5 !! deixa de doidice !

    sds!

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  2. Já pensou, o carinha que diz as notas das escolas de samba falando das cidades?
    Manaus 0,5
    Maceió 8,75
    Rio de Janeiro 10...

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