sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sobre os sons do silêncio.

Após quase um mês de férias, retorno ao silêncio do meu apartamento no Rio de Janeiro. Depois de cinco meses morando aqui sinto algo diferente agora. Ficar só nunca foi um problema para mim, não tive dificuldade nenhuma no início, a adaptação foi quase que instantânea. Mas, acabo de sair uma viagem muito ativa e com muito contato pessoal.

Desde que voltei, a toda hora fico com a impressão de que esqueci de fazer algo, que esqueci de avisar algo a alguém, esta faltando alguma coisa no meu dia.

Não é solidão, se foi uma coisa que aprendi é que solidão é um estado de espírito, o lugar e as pessoas que estão com você pouco importam, não me sinto só no RJ, mas a solidão era uma companheira eventual em Aracaju.

Quem mora só passa a valorizar pequenas coisas, uma ligação apenas para pirraçar chamando para uma festa que obviamente eu não tenho como ir por morar em outra urbe, uma vez enviei um email com uma piada que para minha surpresa foi respondido com um lamento por ter sabido que eu havia passado uns poucos dias na cidade mas não tínhamos nos encontrado, um SMS, um scrap pedindo notícias, aquele telefonema tarde da noite quando o minuto é mais barato, dentre outras coisas.

Por essas e outras não me sinto só.

Recentemente eu disse a Caio: “Os chatos são sempre lembrados, podem não sentir saudades, mas nossa ausência é sentida.” (sim, sou um chato), no que ele concordou e complementou: “Nós existimos para preencher os espaços vazios”.

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